Notícias Automotivas - Carros - Avaliação NA – Hyundai Azera 2 – Impressões do interior e qualidade de acabamento
Aqueles que olham o exterior do Azera e acabam achando que ele tem cara de carro de tiozão tem a mesma impressão sobre o interior. Se trata de um ambiente sóbrio, com alguns detalhes não muito modernos, mas que por outro lado esbanja qualidade dos materiais e conforto.
No final das contas o interior acompanha a parte de fora, com detalhes que visam agradar aquele que quer andar tranquilamente e com muito conforto, sem chamar a atenção. Em comparação com outros sedãs grandes, o Azera tem um interior que está no mesmo nível da maioria, e acima de alguns, em termos de qualidade dos materiais empregados.
O acabamento bem claro favorece a distinção entre o nível dos componentes usados em um sedã grande se comparado com sedãs médios, mas por outro lado muitos não gostam pois o risco de sujar os bancos e o painel é bem maior. Em minha opinião, a mistura de detalhes em madeira com a parte superior do painel em uma cor mais escura (a mesma do volante) e a parte inferior mais clara se mostra de muito bom gosto.
As partes superior e inferior do volante em madeira também me agradam muito. Mas alguns detalhes poderiam ter sido revistos, como a discrepância enorme entre o moderno quadro de instrumentos que fica completamente escuro quando desligado e aquele relógio digital dos anos 80 no centro do painel. A parte de cima do painel (escura) é feita de um material bem macio, e a parte inferior também, onde temos contato das pernas com o painel. Já a parte central é de um plástico duro, bem rígido.
Nas portas, o acabamento é muito bom nos locais onde encostamos os braços, com um material macio forrado em couro, só que mais adiante o plástico também é duro. A porta poderia ter um forro macio em todo o seu painel. Os bancos são bem largos, e corretos até mesmo para pessoas bem gordas, pois são macios e amplos. Sobre a concepção já não tão moderna do modelo, notamos isso na falta de uma abundância de porta-objetos, apesar de o Azera ter vários.
Logo à frente do descansa-braço central, temos um porta-copos grande, que fica escondido por uma tampa, mas na parte que fica à frente da alavanca do câmbio o espaço para objetos é muito pequeno, servindo apenas para pequenas coisas, como caneta, controle remoto do portão, etc.
Na unidade que estamos testando, que já está com dois anos de uso e 23.000 quilômetros rodados, a fixação dos componentes do interior ainda está ótima, fora um rangido que vem do porta-luvas quando passamos por pisos irregulares. O quadro de instrumentos é um dos destaques do interior do modelo, que na versão top é chamado de “optitron”. A iluminação é bem forte e a visualização dos itens é fácil.
Temos o computador de bordo ao centro, mostrando os detalhes com clareza. Assim como em vários modelos que testamos, o painel fica aceso o tempo todo, e isso atrapalha na hora de saber se os faróis estão acesos ou não. Existe indicação dos faróis no painel, mas o fato de ele ficar aceso engana muitos.
E o espaço interno? Ele é bem amplo, sobrando espaço para as pernas de pessoas até mesmo com mais de 1,80 de altura. O teto não é muito baixo, e quem é alto também não bate a cabeça. Na traseira o espaço permite a acomodação de três pessoas com facilidade.
Para facilitar a vida de quem vai na frente, ambos os bancos tem regulagens elétricas totais. O banco do motorista tem ainda mais regulagens, todas elétricas. E botões na porta do motorista indicam a existência de duas memórias, que na maioria dos casos é usada uma para o dono do carro e a outra para sua esposa, por exemplo.
É fácil encontrar uma boa posição de dirigir, até pelos pontos citados acima. O volante também tem regulagem elétrica, tanto de altura quanto de distância. O forro do teto é bem macio, e as colunas são forradas com o mesmo material, dando uma sensação de qualidade.
Os comandos são fáceis de encontrar e o volante tem uma boa empunhadura, embora as respostas sejam mais lentas.































































