![2006_Mercedes-Benz_A_170_W_169_Classic_5-door_hatchback_2011-01-13 Mercedes A 200: detalhes da segunda e terceira geração do Baby Benz]()
Carinhosamente chamado de “Baby Benz” pelos admiradores da marca, o Mercedes-Benz Classe A foi um subcompacto produzido pela montadora alemã entre os anos de 1997 a 2005. Nesta reportagem, você irá conhecer a segunda e terceira fase do modelo, batizado de Mercedes A 200 ou W169 e W176, respectivamente.
Antes de apresentar sobre a segunda fase do modelo (Mercedes A 200), é interessante voltar no tempo para fazer um resumo de sua história.
A primeira geração, também conhecida como W168, surgiu em 1997; a segunda, W169, foi lançada em 2004; a terceira, W176, em 2012/2013. Mais tarde, a Mercedes apresentou a quarta geração (W177), lançada há pouco tempo, em 2018. Essa geração estreou em duas configurações: a sedan (V177) e hatchback (W177).
O Mercedes Classe A chegou ao Brasil há 21 anos, em 1998. O pequeno com design questionável fez sua estreia no Salão Internacional do Automóvel de São Paulo daquele ano.
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A Mercedes queria dar visibilidade ao seu novo carro, por isso, a montadora não economizou na divulgação. Ainda em 98, a montadora alemã começou a veicular alguns programetes de 90 segundos no intervalo do Fantástico, da TV Globo. Ao todo, eram 12 programetes no estilo documentário.
Cada campanha destacava, de forma jornalística, um tema que envolvia a atuação da fabricante no Brasil, bem como o seu novo carro, o Classe A. Entre os temas, a empresa abordou: a construção da fábrica da Mercedes no Brasil, o lançamento do Classe A, além de um vídeo exclusivo sobre o motor do carro, o design, aerodinâmica, chassi e outros assuntos.
Embora apresentado em 1998, o Mercedes-Benz Classe A só começou a ser comercializado no Brasil um ano depois, em 1999. O pequeno passou a ser produzido na tão divulgada nova fábrica da Mercedes no Brasil, em Juiz de Fora, no estado de Minas Gerais.
O carro chegou por aqui em duas versões: a primeira “Classic”, que oferecia de série: airbag duplo, freios ABS com EBD e BAS, encosto de cabeça para todos os ocupantes, retrovisores com comando elétrico, rodas de aço com calotas, controle de tração ASR, vidros dianteiros elétricos, trava elétrica das portas e luz de leitura dianteira. Nas portas e assentos, o Classic tinha acabamento em tecido e o painel era em plástico.
Já a segunda versão foi batizada “Elegance”. Como o próprio nome apresenta, a proposta era que essa configuração fosse mais luxuosa. De série, a Mercedes entregava: volante revestido em couro, rádio toca-fitas com CODE (sim! Toca-fitas), memória de seis posições e quatro alto-falantes, encosto de cabeça para todos os ocupantes, brake light, rodas de liga leve e câmbio semi-automático.
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Ambas as versões ofereciam pacotes com adicionais: travas elétricas com telecomando e chave canivete, piloto automático e controle de velocidade, transmissão AKS, dentre outros.
Os dois eram oferecidos com motorização 1.6 de 99 cavalos de potência. Tempo depois, ganhou mais dois cavalos, ficando, então, com 102 cv de potência.
O preço foi um grande empecilho nas vendas. Um modelo como esse era esperado por pelo menos R$ 35 mil. No entanto, chegou por bem mais, cerca de R$ 90 mil, considerando o dinheiro de hoje.
A montadora adotou estratégias, ainda assim não foi suficiente. Antes de trazer o Mercedes A 200, a empresa passou a oferecê-lo em diversas lojas, até nas concessionárias de caminhões da marca. Em 2001, a Mercedes passou a vender o pequeno com pacote de motor 1.9 de 125 cavalos de potência. Mas nem isso ajudou a alavancar as vendas.
A fábrica da Mercedes em Minas Gerais tinha capacidade para produzir 70 mil automóveis por ano. Entre 1998 a 2005, 63 mil unidades do Classe A foram fabricadas.
Com o fim da primeira geração, veio ao Brasil a segunda fase do Mercedes A 200. O modelo chegou com pouquíssimas unidades e estreou bem tímido.
Conheça a seguir a história do Mercedes A 200 segunda e terceira geração.
Mercedes A 200 (W169)
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Em 2005/2006, foi a vez de lançar por aqui o Mercedes A 200 (W169). A segunda geração chegou mais para atender às pessoas que ainda queriam manter um Classe A na garagem. Até mesmo Philip Derderian, gerente de vendas da marca, fez essa confirmação.
Embora isso, o Mercedes A 200 fez sua estreia de forma muito tímida, sem muita notícia, com poucas unidades, preço alto e sem fabricação no Brasil. O modelo era importado da Alemanha.
O visual, claro, era parecido com a primeira geração. Ainda isso, o Mercedes A 200 ganhou mudanças significativas. Junto do W169, a montadora alemã também lançou por aqui o Classe B W245.
Com poucas unidades para o Brasil, o Mercedes A 200 foi lançado com motor 2.0 de 136 cavalos de potência e 18,9 mkgf a 3500 rpm, que podia ser associado a uma transmissão de seis velocidades (variação contínua Autotronic).
Com esse conjunto mecânico, o Mercedes A 200 podia fazer de zero a 100 km/h em 9,9 segundos. Já sua velocidade máxima era de 195 km/h.
Assim como o Classe B W245, o Mercedes A 200 continuou com a estrutura batizada de “sanduíche”.
Com o preço bem mais alto, consequentemente o público-alvo era outro. O W169 chegou ao mercado nacional por R$ 129.900. Uma diferença significativa, fazendo uma comparação com a primeira geração, que também já era cara.
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No visual, o Mercedes A 200 ficou mais “vertical” na traseira do veículo. O destaque fica para as lanternas com novo desenho alongado e, inclusive, dá uma sensação de que o carro é mais alto.
Na frente, o hatch ganhou grade dianteira mais vertical, mas nada muito radical (no desenho). Assim como as lanternas traseiras, os faróis foram modificados e ficaram mais alongados, deixando o carro mais “moderno”.
O capô permaneceu com a posição “caída” e isso o deixava com cara de minivan. Por falar em capô, o limpador de para-brisa ficava oculto sob o capô do Mercedes A 200.
Já na lateral, a segunda geração ganhou outras modificações, e, ao fazer uma comparação com a primeira, a mudança na altura era nítida. O W169 recebeu uma atualização no desenho das portas, com frisos invertidos.
Comparado com a primeira geração, o novo Mercedes A 200 também teve seu tamanho modificado. O carro passou a ter 3.838 mm de comprimento, 1.764 mm de largura, 1.593 mm de altura e distância entre-eixo de 2.568 mm. De modo geral, o W169 ficou mais espaçoso. No Mercedes A 200, era viável deslocar os bancos e configurar de acordo com a necessidade do motorista.
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Por exemplo, era possível deixar os bancos dianteiros com os encostos dobrados, para propiciar mais espaço aos ocupantes do banco de trás (configuração comum em veículos três portas). Com o pacote opcional easy-vario-plus, os assentos também podiam ser retirados e rebatidos para aumentar a capacidade do bagageiro; garantindo 1995 litros para guardar suas bagagens.
Para reforçar que o Mercedes A 200 não era um monovolume e/ou minivan, a montadora resolveu lançar uma versão duas portas (na Europa). Assim, o modelo recebeu um reforço que era um hatchback.
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No Brasil, considerando o preço à venda, o Classe A segunda geração veio para concorrer com o BMW Série 1 e Audi A3.
Globalmente, de acordo com a Mercedes-Benz, as vendas do A 200 foi um sucesso. Para atender os mercados, cerca de 50 mil unidades foram produzidas. Segundo Joachim Schmidt, Vice-presidente Executivo de Vendas e Marketing da Mercedes-Benz, o objetivo de vendas já havia sido atingido antes mesmo do veículo chegar às lojas.
Para o Classe A, a Daimler, grupo que controla a Mercedes, fez um investimento de 900 milhões de euros em sua fábrica na Alemanha. Além disso, cerca de 1.600 postos de trabalho foram criados.
A 200 (W176)
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Em 2013, a fabricante alemã trouxe ao Brasil a nova geração do Mercedes A 200, também conhecido como W176. Desta vez, o carro veio completamente reformulado. O Classe A de 2013 fez sua estreia como um hatch premium, mas com estilo bem esportivo.
Parece que a Mercedes sempre gostou de gerar impacto ao divulgar a linha Classe A. Se na primeira geração ela produziu mini “documentários” para anunciar seu lançamento, no A 200 de 2013, a montadora usou a música “Passinho do Volante (Ah Lelek Lek Lek)” para promover o novo modelo. Sem dúvida, um momento inusitado, mas acertaram na estratégia.
Abandonando o estilo minivan, o hatch era comercializado em duas versões: Style (opção de entrada) e Urban (topo de linha). Claramente, a geração nova foi feita para esquecer aquela produzida entre os anos de 1999 a 2005.
O Mercedes A 200 chegou ao mercado brasileiro por R$ 99.900 na versão Style. Já a topo de linha, Urban, passou a ser oferecida por R$ 109.900.
Indo direto ao ponto, ambos carregam a mesma motorização e câmbio. O Mercedes A 200 é equipado com motor 1.6V turbo de 156 cv de potência, movido a gasolina e transmissão automática de sete velocidades, que também pertence ao Classe B.
Por falar em câmbio, as marchas poderiam ser mudadas manualmente via borboleta atrás do volante. Para melhorar o prazer em dirigir um carro como esse, a troca por meio das borboletas não gerava trancos. As saídas com o veículo também agrada, bem como o ronco do seu motor turbo. Segundo a própria montadora, o Mercedes A 200 de 2013 faz de zero a 100 km/h em 8,3 segundos.
O Classe A 200 era um carro invocado e com presença. Embora focado para o público jovem, o modelo atende muito bem à família.
O visual é o seu forte. O carro trouxe linhas esportivas, a grade dianteira ficou maior, assim como o logo da Mercedes-Benz que ficou mais destacado. Ele ainda traz vincos laterais que reforçam a esportividade.
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Na parte de trás, mudanças radicais foram feitas, em especial na lanterna, com desenho pouco convencional. Apesar disso, elas não ficaram estranhas e deixaram a traseira realmente bonita.
O modelo tem 4,29 metros de comprimento, 1,78 m de largura, enquanto a distância entre-eixos seguia o mesmo da Mercedes-Benz Classe B, de 2,69 metros.
Internamente, ele não decepciona, uma vez que o acabamento manteve a sofisticação nível Mercedes, sem abusar no plástico. Com relação ao espaço, o Mercedes A 200 realmente não decepcionava, de novo.
Para uma pessoa com mais de 1,85 m de altura não sofria com o espaço para a cabeça. Os passageiros que viajam atrás, não tem problema para acomodar as pernas. O porta-malas, por sua vez, tem 341 litros de capacidade.
A versão Urban, topo de linha, se diferencia pela grade dianteira cromada, rodas de 17 polegadas, luzes diurnas, faróis bixenônio com LED, lanterna traseira também em LED, saída de ar-condicionado com acabamento cromado parecido com a do SLS AMG, escape duplo, volante multifuncional com acabamento de couro (perfurado), painel branco com ponteiros na cor vermelha, banco no estilo concha, dentre outros.
O Mercedes A 200 ainda entregava bons equipamentos de segurança, como: sete airbags, freios ABS, auxílio de partida em rampas e ESP controle eletrônico de estabilidade.
Claro que nem tudo é perfeito. O Classe A 200 pecava em alguns pontos. Em primeiro lugar, a central multimídia era muito pequena e apresenta poucas informações, como detalhes do sistema de ar condicionado e rádio, apenas. Além disso, o software não era moderno. Navegação GPS não estava presente, tampouco como opcional.
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O carro chegou oferecendo sistema Hold. Trata-se de um “freio de mão” que fica localizado no pedal do freio. Ele pode ser acionado pisando no pedal até o fim. A partir daí, ele trava o veículo e desliga o motor para que o condutor possa descansar seus pés. Para voltar a andar, basta pisar no acelerador novamente.
Quando lançado, o Mercedes A 200 tinha como principal concorrente: o Audi A3 Sportback, Citroen DS4 e BMW Série 1. O Audi A3 custava de R$ 121 mil a R$ 139.500; o DS4 por R$ 99 mil e o Série 1 partia de R$ 89.950 e ia a R$ 134.950.
Entre os principais itens de série, o A3 Sportback oferecia: ar-condicionado automático, bancos esportivos e parking system. O Citroen DS4: banco de couro, central multimídia e GPS (que ficava devendo no Mercedes A 200). Já o BMW Série 1: ar-condicionado automático, direção elétrica e park assist.
De modo geral, o Mercedes A 200 era um veículo que encantava pela sua esportividade. A suspensão tipo McPherson na frente e Fourlink na traseira recebia muitos elogios por ser forte na medida ideal. Ele responde bem em curvas, mesmo em alta velocidade. As rodas com pneus 225/45 também auxiliam na boa dirigibilidade do veículo.
Mesmo não agradando o motorista (claro), o Mercedes A 200 encara os buracos das ruas brasileiras sem trancos violentos ou barulhos exorbitantes.
Atualmente, o Classe A é comercializado como A 250 Hatch Vision por R$ 206.900,00. Debaixo do capô, seu motor é 2.0 turbo de 224 cv de potência. O câmbio é automático 7G-DCT.
Também há a configuração sedan: Mercedes Classe A Sedan Style por R$ 139.900,00. A versão é equipada com motor a gasolina de 163 cv de potência. Já a outra opção sedan é o Mercedes A 200 Sedan Advance, que custa R$ 169.900,00, ambos têm transmissão automática 7G-DCT.
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